Com o objetivo de humanizar a área da saúde e atender um público em vulnerabilidade social, acaba de nascer na Faculdade Avantis o projeto de extensão “Missão Sorrir”, implantado pelo curso de Odontologia. A intenção é oferecer atendimento para ONGs, entidades filantrópicas, asilos, creches e orfanatos da região. A primeira atendida é a APAE de Camboriú.
O projeto do bem foi idealizado pelas acadêmicas do 9º período do curso de Odontologia da Avantis, Lorrany Marques Magro e Mariana Sottili da Fontoura. As jovens começaram a pensar no projeto ainda em 2016, com o intuito de ampliar os conhecimentos aprendidos em sala de aula. Apesar de já terem a oportunidade de praticarem na Clínica Odontológica da instituição, nunca haviam atendido deficientes, idosos e crianças mais carentes. Segundo Lorrany, não havia projetos do tipo em Santa Catarina antes do Missão e até por isso elas foram procurar inspirações em outros Estados do país para elaborar um projeto estruturado e aprovar junto da coordenação do curso e da direção da Faculdade.
A ideia inicial, segundo elas, era levar os atendimentos até bairros periféricos da região, mas a ideia esbarrava na questão de um local adequado para atendimento. Por isso, o projeto foi remodelado e voltado para dentro da Avantis, já que a instituição conta com uma moderna Clínica Odontológica. “Fizemos contato com a Apae de Camboriú e eles aceitaram participar na hora. Muitos dos pacientes que atendemos nunca haviam tido contato com dentista antes, então para eles é tudo novo. Eles se surpreendem e gostam de tudo”, conta Mariana. Por vez, são atendidos 10 pacientes. Quando um recebe alta, outro entra. A ideia é que, no próximo semestre, outra instituição passe a integrar o projeto. Os atendimentos são básicos e incluem restauração, curativos e dicas de cuidados bucais. Se há necessidade de procedimentos mais complexos, o paciente é encaminhado para o atendimento convencional da Clínica, no período noturno.
Um dos alunos que abraçaram a causa foi Nilson Zanlucki, do 5º período. Ele salienta que participar de um projeto do tipo está sendo uma experiência única. “São pacientes que normalmente não têm acesso fácil ao dentista. Estamos vivenciando na prática a humanização da saúde. Não estamos crescendo apenas profissionalmente, mas também como pessoas”, afirma.
Quem coordena o projeto é a professora Karen Corrêa. Ela rasga elogios aos acadêmicos, lembrando o quanto é positivo ver que ainda na faculdade já parte deles a vontade de fazer o bem e atender a comunidade carente. “Queremos expandir o Missão para toda a região. Já fizemos contato, inclusive, com instituições de Itajaí e Itapema, que estão interessadas em participar. Além dos nossos alunos, o pessoal que está sendo atendido também está muito animado. Todos eles chegam felizes, porque sair da Apae para ir ao dentista acaba sendo um passeio. Eles tiram fotos, dizem o quanto se sentem cuidados e valorizados. Aqui eles são os protagonistas”, salienta Karen.
Uma das pacientes deste semestre é Nilzete Terezinha Farias, 40 anos. Com o sorriso de orelha a orelha, ela contou o quanto estava se sentindo realizada por finalmente estar cuidando de seus dentes. “Eu já sou bonita, mas agora vou ficar ainda mais. Eu quero vir sempre nos meus dentistas. Estou adorando tudo”, finaliza.
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