“Somos todos iguais, braços dados ou não. Nas escolas, nas ruas, campos, construções”. Foi cantando que a psicóloga Bianca Machado, que até então era apenas mais uma pessoa num auditório lotado, se destacou dos outros membros da plateia para iniciar uma palestra, na noite de terça-feira, dia 14. A missão dela foi falar aos acadêmicos de Psicologia, Administração e do EAD em Pedagogia sobre o tema: “Deficiência: Aspectos pedagógicos e a inclusão no mundo do trabalho também está em nossas mãos”.
Bianca tem 13 anos de experiência com trabalhos na área de inclusão e relatou um pouco de como funciona, na prática, a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e nas escolas. “É fundamental hoje, para o profissional que está buscando o mercado de trabalho, ter um conhecimento em relação à inclusão. Porque é uma área que tem um campo de trabalho bastante grande e as pessoas não têm muito conhecimento sobre”, destacou.
De acordo com a psicóloga, é muito importante que os estudantes possam compreender de fato o que é a inclusão e tenham interesse em se aprofundar sobre o tema. “É um tema atual, a pessoa com deficiência tem direitos a serem garantidos e os profissionais é que podem ajudar nesse processo”, afirmou Bianca.
A profissional fez ainda uma ressalva, defendendo que a inclusão deve ser tratada com mais seriedade. “Se fala mais sobre o tema, com certeza. Há mais debates, mais discussões e reflexões, mas ainda a inclusão está na mente, no conceito, ela não acontece de fato. Estamos engatinhando nesse processo, não acontece como deveria. Mas estamos avançando, isso é o mais importante”, concluiu.
Para a coordenadora do curso de Psicologia, Fernanda G. de Oliveira, o tema da palestra é de grande relevância, pois o maior desafio da educação inclusiva é romper com as práticas educativas que não levam em consideração as características específicas de cada um.
“Para termos uma sociedade, de fato, inclusiva, é necessário que haja uma mudança geral de atitude, a partir do entendimento de que a deficiência ou qualquer outra condição atípica, não resume toda a personalidade de uma pessoa, nem tão pouco pode ser determinante de suas oportunidades educacionais, sociais e existenciais”, frisou Fernanda.
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